Desatenção, impulsividade e inquietação podem ser sinais de algo além de “distração” ou “falta de disciplina”.
Dê o primeiro passo para entender melhor e recuperar o equilíbrio na sua rotina.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurodesenvolvimental que se manifesta desde a infância e pode persistir na vida adulta. Ele é caracterizado por sintomas como desatenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade.
Pessoas com TDAH podem apresentar dificuldades para manter o foco em tarefas, seguir rotinas e controlar impulsos, o que pode impactar os estudos, o trabalho e os relacionamentos.
Com o tratamento adequado, é possível desenvolver estratégias para reduzir os impactos do TDAH e alcançar uma vida mais organizada e produtiva.
O diagnóstico é clínico e realizado por um médico (geralmente psiquiatra ou neurologista), com base em uma avaliação detalhada sobre os sintomas e o impacto na vida do paciente.
Em alguns casos, pode ser necessária uma investigação médica para descartar possíveis causas orgânicas associadas ao quadro.
Entre os sintomas mais comuns, estão:
✔️ Dificuldade para manter a atenção em tarefas ou conversas
✔️ Esquecimento frequente de compromissos e objetos pessoais
✔️ Desorganização no trabalho ou nos estudos
✔️ Inquietação constante e necessidade de se movimentar
✔️ Ações feitas por impulso, sem pensar nas consequências
✔️ Procrastinação e dificuldade para concluir tarefas
Os sintomas devem estar presentes desde a infância (antes dos 12 anos) e se manifestar em mais de um ambiente (ex.: casa, escola, trabalho).
A avaliação neuropsicológica é um exame detalhado que analisa o funcionamento do cérebro em áreas como atenção, memória, organização, tomada de decisões e controle emocional.
No caso do TDAH, ela não substitui o diagnóstico clínico e nem sempre é necessária, mas pode ser uma ferramenta complementar importante para:
✔️ Mapear o perfil cognitivo do paciente, identificando pontos fortes e dificuldades.
✔️ Diferenciar o TDAH de outros transtornos (como depressão, ansiedade ou alterações relacionadas ao uso de substâncias), que podem apresentar sintomas semelhantes.
✔️ Auxiliar no planejamento do tratamento, indicando estratégias específicas para melhorar a atenção, o controle de impulsos e a organização no dia a dia.
📌 Por que isso é importante?
Em adultos, os sintomas de TDAH muitas vezes se confundem com os de outras condições. Uma avaliação neuropsicológica criteriosa pode ajudar o psiquiatra a compreender melhor as dificuldades relatadas pelo paciente e evitar um diagnóstico incorreto.
✅ Lembre-se: o diagnóstico de TDAH é sempre clínico, feito pelo médico. O teste neuropsicológico é um recurso complementar para tornar essa avaliação mais precisa e personalizada.
O TDAH tem uma base neurobiológica e genética. Estudos mostram uma forte hereditariedade e alterações em áreas cerebrais responsáveis pela atenção e pelo controle de impulsos. Fatores ambientais, como prematuridade e exposição a substâncias tóxicas durante a gestação, também podem aumentar o risco.
Ninguém escolhe ter TDAH, e reconhecer o transtorno é o primeiro passo para lidar com ele de forma mais eficaz.
O tratamento é individualizado e pode incluir:
✔️ Psicoterapia: técnicas para desenvolver estratégias de organização e regulação emocional.
✔️ Medicação: estimulantes e não estimulantes podem ajudar a melhorar a atenção e reduzir a impulsividade.
✔️ Apoio psicopedagógico e /ou Terapia Ocupacional: contribui com o desenvolvimento de habilidades práticas para o dia a dia, como gerenciamento do tempo, organização de rotinas e adaptação às demandas acadêmicas e profissionais.
✔️ Mudanças no estilo de vida: sono regular, atividade física e alimentação saudável são aliados importantes.
Os sintomas de desatenção, inquietação e impulsividade, característicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), podem também estar presentes em uma série de outras condições psiquiátricas que são muito mais comuns em adultos, como a depressão, os transtornos de ansiedade e o transtorno por uso de substâncias.
📌 Por isso, é essencial uma avaliação criteriosa para distinguir se esses sintomas realmente fazem parte de um quadro de TDAH ou se são manifestações secundárias de outro transtorno.
Por exemplo:
✔️Na depressão, a dificuldade de concentração pode ser confundida com desatenção.
✔️Na ansiedade, a agitação interna e o cansaço podem gerar sintomas semelhantes à hiperatividade.
✔️No uso de álcool ou drogas, alterações cognitivas podem simular TDAH, mas desaparecem com a abstinência.
⚠️ Particularmente em adultos, o diagnóstico diferencial é um desafio. O não reconhecimento de outro transtorno como causa principal dos sintomas pode levar a:
❌ Prescrição indevida de medicamentos para TDAH, que não trarão o resultado esperado e podem causar efeitos colaterais indesejados.
❌ Falta de tratamento adequado para o transtorno realmente responsável pelos sintomas, perpetuando o sofrimento e as dificuldades funcionais.
✅ Uma avaliação especializada com um médico psiquiatra permite identificar o quadro com precisão e indicar o tratamento mais eficaz, seja para TDAH, para outro transtorno ou para ambos, quando coexistem.
Se você ou alguém próximo apresenta sinais de desatenção persistente, inquietação e impulsividade que atrapalham os estudos, o trabalho ou os relacionamentos, procure avaliação com um profissional de saúde mental.
Realize o teste de triagem para TDAH e veja se o resultado indica a possibilidade de sintomas relacionados ao transtorno.
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